quinta-feira, 28 de junho de 2012

Tem uma lista logo aí...

Não é novidade o sufoco nos hospitais brasileiros. À espera de ser chamado pelo médico oftalmologista, resolvi colocar meu braço direito por sobre o balcão da recepção do hospital onde me martirizava com a demora no atendimento. Duas recepcionistas atendiam ao público, que precisava de informação. Em um desses atendimentos, uma mulher morenha, cabelos brancos, visilvelmente consumida pelo tempo, se aproximou do balcão e perguntou à atendende se o nome da paciente constava na lista para fazer a fisioterapia. A atendente como resposta lhe deu que a lista estava logo ali, no quadro de aviso. Então a senhora-paciente procurou a tal lista. Ao aproximar-se do quadro, olhou-o atentamente; movia os lábios como se estivesse lendo. Observou, observou, observou de novo a lista. Dirigiu-se mais uma vez à recepção e perguntou a mesma recepcionista que queria uma informação. Esta, por sua vez, repetiu a mesma informação de antes. A paciente, novamente, fez a mema coisa: foi ao quadro averiguar se seu nome constava da lista colada no quadro. Frente a este, olhou-o, olhou-o e nada. Até que a recepcionista observou a agonia da senhou e se dirigiu ao quadro de aviso para, aí sim, prestar informações clara à senhora. Na verdade, o nome da paciente estava na lista a que se referia a recepcionista. Acontece que a paciente não sabia ler e fingiu ler nas duas vez que foi ao quadro. O que gerou toda uma situação em que a leitura fez falta àquela senhora na hora que mais precisou.



segunda-feira, 7 de maio de 2012

Buraco à frente



O aluno teve na escola a aula sobre sinalização de trânsito. A professora das séries inicais instrumentalizou os alunos acerca do semáfaro. Em viagem a uma cidade com uma coleguinha, o aluno obeservou a sinalização da cidade. Mostrou a seu colega a simbologia de cada  cor que representava o semáforo; disse que o vermelho é momento que os carros param para os pedrestres passarem; o amarelo significava atenção e o verde permitia aos veículos prosseguirem.
Observado tudo isto, o aluno chegou em sua cidade natal e constatou que nela não havia sinalização quanto na cidade que visitara. Sendo assim, resoveu criar uma placa que alertasse a população para problema de que sofre a cidade onde mora o menino. Então criou o signo acima referido, ou seja, uma placa cujos pontos pretos representam não só o sinal de atenção, mas chama atenção para a precariedade infraestrutural da cidade.
A ressignificação do signo na realidade.